Quero-te!
- O Autor
- 21 de fev. de 2019
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Quero-nos.
Quero-nos a nós tal como somos.
Quero-nos para ouvirmos música juntos, de fones nos ouvidos num banco de jardim, ou com as colunas no máximo até os vizinhos nos baterem à porta com queixas.
Eles não sabem viver!
Quero-nos para bebermos juntos, para corrermos juntos. Quero-nos numa tarde inteira deitados no sofá, quero-nos num mergulho de água gelada quando todos os outros já estão em casa. Quero-nos numa madrugada na serra ou numa tarde na praia. Quero-nos debaixo do céu estrelado. Quero-nos nus, deitados no chão frio, ofegantes. Quero-te a nu, para que sejas tu mesmo, só tu mesmo e para que seja eu mesma, como nunca fui contigo.
Quero-nos aqui, ou noutro recanto qualquer deste mundo.
Quero-nos bêbados e sóbrios e loucos, alegres e tristes.
Quero-nos.
Quero-nos para fazermos memórias, quero-te pelas memórias, pelas que tenho e pelas que sei que podemos vir a ter.
Juntos.
Só por nos querermos.
Quero-nos sem romantismos, sem imposições, sem leis, sem entraves, sem “ses” nem “porquês”, quero-nos regidos pelo sentimento, pela emoção, pela sofreguidão, pela saudade, pela paixão.
Quero-nos animais, selvagens.
É!
Talvez nos queira que nem animais selvagens, instintivos e livres!
Quero-nos sem que mais ninguém saiba de nós, sem encontros nem dias marcados, sem cafés, sem relógios, sem rotina. Quero-nos sem encontros nem despedidas, sem dúvidas nem dificuldades.
Quero-nos sem desculpas!
Não há desculpa para não nos querermos.
Quero-nos cheios de vontades.
Quero-nos pelo que somos.
Quero-te pelo que és.
Quero-te pelo que sou contigo.
Ou talvez te queira só porque sim.
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