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Fevereiro

  • Foto do escritor: O Autor
    O Autor
  • 11 de abr. de 2019
  • 1 min de leitura

Foi como amor aquilo que fizemos, a tua pele uma continuação da minha, duas linhas entrelaçadas sem fim à vista. Ou a carência dos sentidos a chamar por nós. O hoje, apenas o hoje e nada mais que possa acrescentar valor ao vazio dos dias. Porque avarias todos os relógios, e interrompes o tempo que não nos pertence quando me beijas?

Foi amor aquilo que sentimos, um coração a latejar sôfrego no meu peito, a palma da minha mão encostada na tua direção em busca de um coração capaz de bater mais forte do que tudo. Bateu o teu por mim no dia em que o teu peito conheceu o meu? 

Foi do amor aquilo que conseguimos. Se os dias são de sol, são apenas para que te possa admirar e morrer enquanto queimo por ti. Os teus olhos nos meus e eu a sentir-me cegar quando te tenho para mim. Trazes galáxias com eles, tão brilhantes, mas tão distantes. Porque quiseste também levar o meu pequeno mundo contigo?

Foi por amor aquilo que deixámos, a ilusão do futuro desenhada no teu sorriso. Fazes pequenas covas quando sorris e por isso me deixo afundar em ti, pequenas gotas de suor desenhadas no teu rosto enquanto me agarras com sofreguidão, misturadas com as lágrimas do que não foi. Porque insistes em chamar amor ao que não pudeste sentir?

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