Espera por mim.
- O Autor
- 12 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Espera-me.
Eu só preciso que saibas que enlouqueci e que estou novamente atrasado. É que ponho-me a pensar em ti, idealizo mil e uma aventuras e nem sei que calças vista para ir ter contigo.
E não me digas que a ti tanto te faz!
Porque a mim não! Acabei novamente atrasado e enlouquecido.
Tenho este cérebro todo “comido”! E espero que não seja a única coisa assim hoje à noite! Olha pronto, deu-me para os piropos.
É tão fácil falar contigo.
E eu assim pejado de ciência e tecnologia, conhecimento empírico, cultura extravagante e um mundo de saberes e lições que não me servem para nada. Aparentas sempre saber mais que eu, mesmo assim desleixada e aluada como tu sabes ser.
Que nunca vi ninguém tao desajeitado!
Mas és demais para mim.
Areia a mais para esta camioneta desengonçada, camuflada por conhecimentos tão supérfluos quando comparados contigo e com esse teu sorriso.
É que me corróis todo por dentro e fazes de mim animal.
Logo a mim que não cedo facilmente!
Nem sequer entendo de que forma me atravessas de luz e esperança constantes. É que és tão incerta, com as tuas respostas vagas e neutras, como se o dia seguinte fosse sempre provável. Como se adivinhasses tudo o que se passa à tua volta e controlasses o resto do mundo como me controlas a mim.
Isso angustia-me, por vezes.
Onde está a vulnerabilidade de seres mulher?
E arte!
Que és toda arte.
Esse teu corpo que escondes por detrás de roupas que ninguém compreende e depois vem o teu olhar a espelhar a arte que é ter uma mente como a tua. Tão brilhante, tão distinta.
Estimulas-me o intelecto!
E deixas-me louco.
Por seres tao insondável.
Bem que te queria olhar por dentro, descobrir do que és feita, assim tirana.
Puro “rock and roll”.
Talvez sejas a anti-matéria feita deusa.
E a ti atribuo-te o poder de todos os milagres do mundo, ainda que não seja crente. Sabes bem que não sou, mas se algum dia tiver salvação, está em ti.
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