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Amo-te.

  • Foto do escritor: O Autor
    O Autor
  • 28 de ago. de 2018
  • 1 min de leitura


Recuso-me a dizer que te amo. Recuso-me! E peço-te que não me obrigues a tal. Peço-te que pares com a insistência, com as visitas de surpresa, com os elogios espontâneos, com os carinhos na despedida. Porque eu recuso-me a dizer que te amo! É tão mais fácil dizer com todas as letras que não podemos passar o tempo todo juntos, quando na verdade conto os segundos para te ver. É tão mais fácil dizer-te que não tenho desejo nenhum que me incluas na tua rotina, quando na verdade já fazes parte da minha. E talvez seja por isso mesmo que tu já sabes que te amo. Quando te nego o beijo e me deixo escapulir repentinamente ao teu abraço. É, talvez eu te ame sem precisar de uma única palavra que o confirme. E talvez já o saibas, quando te digo que não podes depender de mim para tudo. Talvez o saibas pela forma como sorrio quando estás te armas em comediante, pela forma como os nossos olhos se cruzam. Talvez o saibas pelos pequenos gestos e pela forma como nos tocamos e os corpos se electrificam. É, talvez já saibas que te amo. Ainda assim, recuso-me! Recuso-me a dizer que te amo. A ti. E sobretudo, a mim.

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