Voa!
- O Autor
- 28 de out. de 2018
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Adorava vê-la voar…
Livre, aventureira, desinibida, sonhadora, independente, forte… Era um pássaro sem receios, mas cheio de sonhos que viviam para lá do horizonte. Era um pássaro de asas incansáveis, ora entre voos rasantes ao topo das montanhas e descidas a pico para se refrescar nas águas cristalinas, ora planando para lá das nuvens, alimentando-se dos raios de luz do próprio sol.
E adorava vê-la voar…
Tão leve, tão solta, fazendo frente às tempestades, com uma força crescente perante as adversidades da vida, usando o vento para a impulsionar e chegar mais longe… Incansável, bravo, esse pássaro louco.
Como o amor.
Lembrava-lhe o amor. Doce e selvagem em simultâneo. Com asas capazes de levar a magia aos lugares mais remotos, com capacidade para voar eternamente e podendo pousar em qualquer lugar. Aquelas asas não se cansavam, brilhavam no alto dos céus, e nelas podia perder-se e encontrar-se num mundo novo de sensações. E nelas encontrava o conforto, a segurança, a magia, a cada manhã quando a via partir e em todas as noites quando a sentia chegar…
Porque o amor é assim, livre, nuns dias rasgando os céus, enfeitando a vida com arte e imaginação e noutros planando seguro e confiante, calmo e sincero. O amor é assim, com tanto para dar e sempre de volta a onde pertence.
Por isso adorava vê-la voar…
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